terça-feira, 29 de junho de 2010

vigésima oitava página

O Hari, Hari meu amor
tá mais bonito hoje,
tá mais falante,
sorri mais,
sorriso mais largo,
faz mais sonzinhos,
(parece que quer falar),
suga sua mãozinha
e olha mais, mais fixamente em meu olhar.
Ele tá crescendo e tá crescendo bem.

Eu com todos os meus medos, medos de mãe, no silêncio das mamadas noturnas, percebo que preciso a mim amamentar também. Para amamentar bem a Hari.
Em nossa bolha de amor, devo relaxar mais, para que ele tenha menos cólicas e devo também confiar mais que o feminino Divino, Universal, olha por mim, olha sim, para que eu possa ser uma boa mãe para meu filho, uma mãe de amor e possa também me perdoar toda vez que eu julgar que errei. E eu erro. (e isso dói). Que eu não devo ser perfeita...

Hoje Hari, Hari meu amor, tem 2 meses e 1 dia.
Hari, Hari cada vez mais perto de mim.

Hari, 2 mesesde vida

domingo, 20 de junho de 2010

vigésima sétima página

Agora tenho duas barriga.
Um pouco mais para cima.
Mais para direita, mais para a esquerda.

...
Meu filho habita minhas tetas.
Meu filho ainda me habita.

Hari, 1 mês de vida

sexta-feira, 4 de junho de 2010

vigésima sexta página

Dia 28 de abril, data prevista, lua cheia, meu filho nasceu.
Em casa.
Seu nome não é mais nome rio, é nome de astro, astro sol.
Hari, meu amor.

Tenho muito a contar, mas não posso porque agora é o tempo da não palavra.
Agora.
Não há tempo para mais nada, só há tempo para o amor.

 Hari, 1 mês de vida