quarta-feira, 30 de abril de 2014

septuagésima oitava página


Uns dias agitados por aqui pelos preparativos da festa de aniversário do Hari, não, do Homem Aranha.
Uma das cachorras maiores, Pagu, avançou na cachorra menor, a Rosa.

Mordeu.
Não largava e mordia mais.

Eu com toda a violência que me foi muito bem ensinada, peguei uma vassoura (dessa vez foi a vassourinha inofensiva do Hari...) e corri para cima das cachorras e bati. Batia e xingava.
Me chocava a covardia daquela cena.

A vassourinha do Hari não adiantou.
Joguei o cavalo de madeira dele montar. Joguei em cima das cachorras.

Elas pararam.

Briguei muito com a Pagu.
Disse que ela não deveria fazer isso. Nunca mais.
A prendi no canil.

Horas depois Hari com um pau batia na Guigui, sua cachorra companheira.
O pai dele o repreendeu.
Eu também, até que percebo que ele através de sua brincadeira está elaborando o que aconteceu antes.

Acolho a cena.

"Hari, eu bati nas cachorras antes porque a Pagu estava machucando muito a Rosa. Era o único jeito de separá-las. Eu não bato nelas à toa. Eu me sinto mal quando preciso fazer isso.... Mas quanto a bater na Guigui, talvez você devesse perguntar para ela se ela topa essa brincadeira. Se ela topar tudo bem. Se ela chorar, é melhor você parar. Combinado?"

"Combinado!!"

Processo elaborativo feito a quatro mãos.
Homem Aranha não bateu mais nas cachorras, mas me avisou:
"mãe, dizem que o Homem Aranha existiu no Rio Grande do Sul!!!"

Hari, 4 anos de vida

quarta-feira, 2 de abril de 2014

septuagésima sétima página


Plunkit, plakt zum e Balão "Mágicobim" (é assim que é chamado por ele) de fundo musical.

Lufe e Hari em coro.
Um compenetrado e o outro esfuziante.

(não vou dizer quem é quem aqui)

E eu dormindo na cadeira de boca aberta.
Boca aberta e dormindo por duas horas.

Tô começando a desconfiar desse dentista...

Hari, 3 anos e 11 meses de vida