eu vi meu filho aprendendo a levantar.
26 de julho. 2011.
foi uma tarde inteira.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
e ficou em pé.
vi também meu filho feliz.
outros dias.
muitos dias.
pleno, inserido, célula no coletivo, protegido.
contente.
ele gosta de gente.
agora, 18 meses, gestado 3 vezes, se despede aos poucos de seu estado bebê e caminha marotamente para o mundo de aventuras de um menino corajoso.
ele é destemido.
eu , auto-temida, destemida, novidade feminina pela frente.
individuo renascido.
a nuvem da gota gorda que morava na minha cabeça desanuviou.
pesada nuvem.
desanuviou.
a nuvem nuviada, meu chapéu, meu pensamento traumatizado, derreteu.
gota, gota, gota, gota
gota, gota, gota, gota
gota, gota, gota, gota
gota, gota, gota, gota
gota, gota, gota, gota
d’água vermelha, a bolsa rompeu e eu me senti mais uma vez nascendo.
olhar clareado, eu descendendo, minha cabeça desceu da nuvem tensa.
pescoço de girafa.
agora eu nesta clarabóia, pescoço de borracha, a luz ilumina meu novo ventre.
porta.
(parto)
terminada longa gestação, (ex) barriga, (ex) coração (ex)contraídos, agora expiro o ar acumulado que preenche este saguão, terminal da viagem feminina.
agora de volta a minha vagina que pinga, pinga, pinga, pinga, pinga a chuva bonita acumulada, 3 semestres, agora molhada.
chuva, fio terra vermelho, sangue, recomeço, eu tava precisando menstruar.
a mulher em mim volta a seu lugar.
Hari, 18 meses de vida
26 de julho. 2011.
foi uma tarde inteira.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
em pé, no chão, em pé.
e ficou em pé.
vi também meu filho feliz.
outros dias.
muitos dias.
pleno, inserido, célula no coletivo, protegido.
contente.
ele gosta de gente.
agora, 18 meses, gestado 3 vezes, se despede aos poucos de seu estado bebê e caminha marotamente para o mundo de aventuras de um menino corajoso.
ele é destemido.
eu , auto-temida, destemida, novidade feminina pela frente.
individuo renascido.
a nuvem da gota gorda que morava na minha cabeça desanuviou.
pesada nuvem.
desanuviou.
a nuvem nuviada, meu chapéu, meu pensamento traumatizado, derreteu.
gota, gota, gota, gota
gota, gota, gota, gota
gota, gota, gota, gota
gota, gota, gota, gota
gota, gota, gota, gota
d’água vermelha, a bolsa rompeu e eu me senti mais uma vez nascendo.
olhar clareado, eu descendendo, minha cabeça desceu da nuvem tensa.
pescoço de girafa.
agora eu nesta clarabóia, pescoço de borracha, a luz ilumina meu novo ventre.
porta.
(parto)
terminada longa gestação, (ex) barriga, (ex) coração (ex)contraídos, agora expiro o ar acumulado que preenche este saguão, terminal da viagem feminina.
agora de volta a minha vagina que pinga, pinga, pinga, pinga, pinga a chuva bonita acumulada, 3 semestres, agora molhada.
chuva, fio terra vermelho, sangue, recomeço, eu tava precisando menstruar.
a mulher em mim volta a seu lugar.
Hari, 18 meses de vida
Fa, eu adoro te ler... Parabéns pelo Hari, um mocinho já! Um encanto!
ResponderExcluirquerida!!!!!!!!! grata por me ler. é bom ser lida por gente boa!
ResponderExcluirbjos
depois do parto inúmeras portas se desvendam. que coisa bonita vc descreveu.
ResponderExcluirtudo voltando ao seu lugar e vc so poesia!
ResponderExcluirfeliz por vc amiga querida.
sua comadre
ahhhhh, minha comadre querida.
ResponderExcluira comadre mais linda do planeta.
love u.
mari, companheira de escrivinhadura, é bom de verdade ser lida por vc.
ResponderExcluirgrata. um bjo grande.
Fá, sua companhia/escrita é alimento para a minha alma.sempre me emociona/ faz eco, acalma, acolhe e provoca.
ResponderExcluirte agradeço!
beijos!
carol queridaaaaaaaa
ResponderExcluiré uma honra ser lida por vc.
eu q te agradeço!!!!!
muitos bjos
fa